O Guardião da Floresta

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    10 Sep, 2023

    No coração de uma antiga floresta tropical, um grupo de crianças indígenas estavam entusiasmados com um tesouro escondido que, segundo rumores, estava nas profundezas da floresta. Decidiram embarcar numa aventura.

    Ara e Ita, juntamente com os amigos, reuniram os suprimentos necessários para a jornada. Um arrepio delicioso de excitação percorreu-os com a antecipação da aventura que se aproximava.

    Enquanto caminhavam pela floresta, Ara sentiu uma sensação estranha. Ela fez uma pausa, olhando em volta, como se olhos invisíveis os observassem.

    A floresta de repente veio à vida com um som assustador. O som ecoou ao redor e, todos ficaram parados, aterrorizados.

    De repente, uma criatura apareceu à frente deles. Era o Curupira, o guardião da floresta, que tinha cabelos flamejantes e pés virados para trás.

    "Por que se aventuram no coração do meu domínio?" Curupira perguntou. Ita conseguiu gaguejar a resposta, sobre o tesouro que procuravam.

    O Curupira riu, "Vocês procuram um tesouro? O verdadeiro tesouro não é ouro nem joias, mas a floresta em si." As palavras da criatura despertaram a curiosidade entre as crianças.

    Curupira levou-os pela floresta, mostrando-lhes diferentes plantas e criaturas e explicando a importância delas. As crianças assistiam com admiração, a floresta parecia mais mágica agora.

    Eles viram um beija-flor, suas asas batendo tão rápido que eram apenas um borrão. "Vejam, a menor criatura da floresta desempenha um grande papel na polinização", explicou Curupira.

    Depois, observaram as formigas cortadeiras trabalhando em unidade, carregando pedaços de folhas muito maiores do que elas mesmas. "Unidade é força", apontou Curupira.

    Caminharam por uma árvore enorme, suas raízes se espalhando amplamente, provendo lar para muitas criaturas. "Cada entidade aqui coexiste, beneficiando uma a outra", disse Curupira.

    Quando o dia começou a escurecer, sentaram-se à beira de um riacho, suas mentes repletas de novos conhecimentos. Sentiram uma profunda conexão com o ambiente ao redor.

    Ara olhou para Curupira, seus olhos brilhando com entendimento, "O tesouro... não é uma coisa. É a floresta em si, seus animais, suas plantas, a vida que ela sustenta!"

    Curupira concordou, um sorriso quente se espalhando pelo rosto. "De fato, o maior tesouro é a própria natureza. Proteja-a e vocês sempre serão ricos."

    As crianças, com os corações cheios de um novo entendimento e amor pela floresta, fizeram uma promessa a Curupira. Eles protegeriam a floresta e seus habitantes.

    Curupira parecia satisfeito e desapareceu de volta na floresta. As crianças voltaram para casa, carregando um tesouro muito mais valioso do que inicialmente procuravam.

    Desde aquele dia, agiram como mini-guardiões, protegendo e preservando sua amada floresta. Pois entenderam que a verdadeira riqueza está na saúde da nossa natureza.

    A história de seu encontro com Curupira se espalhou por toda a tribo. Serviu como um lembrete para todos - a floresta é um tesouro que deve ser respeitado e preservado.

    A memória de Curupira e seus ensinamentos permaneceu gravada em seus corações. Eles cresceram para ser os ferozes protetores da natureza, incutindo esses valores nas gerações seguintes.

    Anos mais tarde, adultos, Ara e Ita ainda compartilhavam a história com as crianças de sua tribo. A aventura com Curupira havia moldado suas vidas, direcionando-os para um caminho de conservação ambiental.

    Eles frequentemente levavam os jovens ao mesmo local onde haviam encontrado Curupira, ensinando-os sobre a importância de cada planta, animal e como todos existem em harmonia.

    Com o passar do tempo, a história de Curupira, o guardião da floresta, e o tesouro da floresta tornou-se uma lenda. Uma lenda que transmitia respeito pela natureza em cada jovem coração.

    Através de seus ensinamentos, as crianças da tribo entenderam que o verdadeiro tesouro não estava escondido, ao invés disso, florescia ao redor deles. Eles sabiam a importância de preservar esse tesouro.

    Assim, o espírito de Curupira e sua sabedoria viveram, protegidos pelas crianças indígenas. E dessa maneira, a floresta continuava sendo o coração, o tesouro, pulsando com a vida.