
A criança interior ferida
By Erika

19 Aug, 2023

Marina, uma menina de 13 anos, vivia com o coração pesado muitas dúvidas e um grande descontentamento que carregava. Ela se sentia perdida e solitária, procurando constantemente por respostas que pareciam cada vez mais distantes.Sempre sentia que lhe faltava algo mas não sabia explicar o que seria.

Um dia, enquanto passeava pelo parque, Marina sentou-se debaixo de um grande carvalho. Ela olhou para as folhas caídas e começou a questionar sobre sua existência.

Naquele momento, ela teve uma visão de si mesma quando criança, brincando alegremente sem se preocupar com nada. Era a sua criança interior, escondida atrás das feridas emocionais.Feridas essas,criadas ao longo de sua infância por experiências menos boas a qual esteve sujeita principalmente no seio familiar.

Essa visão a fez perceber que tinha deixado de lado a menina feliz e despreocupada que era, para se tornar alguém que sofria internamente.Sofria com seus pensamentos acelerados, confusão mental,ansiedade,impulsividade, dificuldades de socializar,dificuldades em fazer amigos, depressão, desvalorização da própria imagem... Sempre em profundo descontentamento com a vida e consigo própria

Marina decidiu então, que era tempo de curar suas feridas emocionais. Ela queria reencontrar a alegria que havia perdido, queria reencontrar seu verdadeiro EU,sua verdadeira essência.

Entao Marina começou a escrever um diário. Escrevia sobre os seus sentimentos e as suas experiências, na esperança de que isso a ajudasse a entender melhor as feridas emocionais.Era muito doloroso lembrar das fases e dos acontecimentos que lhe causavam tanto desconforto mas mesmo assim ela insistiu em escrever e a sentir cada emoção que cada frase lhe despertava .

Com o passar dos dias, Marina percebeu que o diário estava funcionando. Ela começou a entender melhor a sua dor e a se sentir menos sobrecarregada.Ela fazia do seu diário,seu confidente pois ali ela se expressava,sentia,pensava,chorava e não havia ninguém que a julgasse.Era como se seu diário a entendesse como ninguém. Naquelas páginas estavam todas as suas emoções em cada etapa da sua infância.Era como se Marina tirasse um peso do seu corpo a cada página que escrevia.

Marina também começou a meditar. Ela se sentava em silêncio e permitia que os seus pensamentos fluíssem, tentando entender a origem das suas feridas emocionais.No início foi difícil porque ela não conseguia se concentrar mas a sua vontade de se curar era gigantesca e todos os dias ela tentava mais um pouco. Marina acabara por conseguir adotar a rotina da meditaçao todos os dias que fosse por 5 minutos porque sabia que tinha mais uma ferramenta de grande ajuda no seu processo.

Através da meditação, Marina começou a perceber que as suas feridas emocionais eram, na verdade, experiências do passado que ela não tinha processado adequadamente.Assim ela percebeu que na infância uma criança não consegue assimilar o que ouve e o que vê devido a imaturidade emocional.Ela conseguiu concluir que hoje adulta ela teria que reissiguinificar todas essas emoções.

Ela percebeu que, para curar suas feridas, precisava confrontar essas experiências e aceitá-las como parte do seu passado já que não teria como apagá-las.

Porém, confrontar o passado não foi uma tarefa fácil . Ela se sentiu assustada e sobrecarregada, mas sabia que precisava enfrentar os seus medos.Por vezes pensava em desistir mas logo se lembrava que era sua criança interior que estava tentando dominá-la e logo se lembrava que hoje adulta,quem comandava era ela.

Marina percebeu que a criança interior que ela tinha visto no parque era, na verdade, a chave para a sua cura. Ela precisava resgatar essa criança para curar suas feridas emocionais.Ela precisava mostrar à sua criança que ela já não estava mais sozinha,que não precisava fazer birras e que juntas elas poderiam fazer inúmeros benfeitos uma à outra.

Marina começou a passar mais tempo fazendo coisas que amava quando criança. Ela pintava, dançava, brincava e ria. Ela permitiu-se sentir a alegria novamente.Ela falava com a sua criança,abraçava-a,acolhia-a nos momentos de medo dando segurança,apoio e amor.

Ela a consolava, prometendo que nunca mais a deixaria de lado, e que juntas, iriam curar suas feridas emocionais.Afinal essa parceria seria pro resto da vida e teria um efeito extraordinário.

Lentamente, Marina começou a se sentir melhor. Ela percebeu que, ao resgatar a sua criança interior, estava dando a si mesma a oportunidade de enfrentar as suas dores e aquele vazio que havia no seu coração.Ela foi percebendo que ela era o adulto que a sua criança precisou na sua infância.

Com o tempo,foi se tornando mais forte. Ela aprendeu a aceitar o seu passado e a perdoar a si mesma. A sua criança interior foi a chave para a sua cura.

Agora Marina sabe que não está sozinha. Ela sabe que a sua criança interior está sempre com ela, ajudando-a a enfrentar os desafios da vida com muito mais maturidade.

Ela também aprendeu a importância de beijar, acolher suas feridas emocionais. Ela entendeu que cada ferida era uma lição e que cada lição a tornava mais forte.

Hoje, Marina é uma menina diferente. Ela é mais forte, mais feliz e mais em paz consigo mesma. Ela sabe que é capaz de lidar com qualquer coisa que a vida lhe atire.

Agora ela já consegue perceber que a cura não vem de fora, mas de dentro. Ela entende que, ao curar a sua criança interior, estava na verdade curando a si mesma. Estava construindo um futuro mais esperançoso.

Hoje, Marina segue em frente com a cabeça erguida. Ela está pronta para enfrentar os desafios da vida, pois sabe que tem a sua criança interior ao seu lado.

A cura é uma jornada contínua. Cada dia é uma nova oportunidade para crescer, se curar e se tornar uma pessoa melhor.

Marina agora sente gratidão por cada ferida emocional, pois sabe que são elas que a tornaram a pessoa forte que é hoje. Ela agradece por cada lição que aprendeu.Que por mais difícil que seja o processo ,ele é libertador.

Marina ganhou uma nova perspectiva da vida. Ela aprendeu a valorizar cada momento, a apreciar a alegria e a enfrentar o medo. E acima de tudo, ela aprendeu a amar e a perdoar a si mesma.

A jornada de cura de Marina é um lembrete de que é possível encontrar força nas feridas emocionais e que a criança interior é uma aliada poderosa na jornada de auto-cura. É preciso insistência,vontade e muita disciplina para cada fase do processo.As dificuldades que aparecem nele ,a vontade de desistir terão que ser regadas com muita fé,com oração e com muita resiliência,pois há momentos na vida que precisamos estar sós, é uma conversa de EU para EU.

O caminho para a cura é uma estrada longa e sinuosa, cheia de altos e baixos. Mas com a criança interior ao seu lado, ficamos mais fortes para o que vier.E nada melhor do que conseguirmos controlar nosso EU. Nada melhor do que estarmos de mãos dadas com nós mesmos.

Encontrar nossa essência,sermos resilientes e fortes emocionalmente para lidar com a vida requer muita atenção muito cuidado e muito amor. Deus nos fez únicos mas todos a semelhança DELE. A vida nos prega peças difíceis muita das vezes insuportáveis mas só nós mesmos conseguimos sair desse fundo de poço para transformar todos os desagrados em novas oportunidades.

Olhar para a vida com olhos cheios de amor e gratidão foi a escolha de Marina.Hoje ela sabe que, apesar das dificuldades, a vida é bela e vale a pena ser vivida. Nao há flores sem que a chuva caia.Muita das vezes precisamos ir no fundo,precisa doer muito para buscar o que realmente precisamos.Principalmente buscar forças para podermos levantar.

A história de Marina é uma história de resiliência, de força e de cura. É a história de uma menina que encontrou a cura nas suas feridas emocionais e na sua criança interior.

A jornada de Marina é um lembrete de que a cura é possível. Que é possível encontrar força nas feridas emocionais e que a criança interior é uma aliada poderosa na jornada de auto-cura.

A história de Marina não termina aqui. Ela continua a sua jornada de cura, agora armada com a força da sua criança interior. E essa é a maior lição de todas.

Hoje, Marina é mais do que apenas uma menina. Ela é uma guerreira, uma sobrevivente, uma curadora. Ela é a prova viva de que a cura é possível, basta acreditar.

E assim, Marina segue na sua jornada, com o coração leve e a alma cheia de esperança. Ela sabe que a cura está ao seu alcance, e que a sua criança interior sempre estará ao seu lado.

O futuro é incerto, mas precisamos estar prontos para encará-lo. Pois não importa o que aconteça, a criança interior estará sempre ao ao nosso lado, guiando nossa vida.Agora cabe a nós decidir quem tomará as rédeas da nossa jornada.

Marina olha para o céu, um sorriso no rosto e a certeza no coração de que a cura está ao seu alcance. Ela sabe que, com a sua criança interior ao seu lado, ela pode conquistar qualquer coisa.