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    Os israelitas vivem oprimidos sob o peso da escravidão, suas mãos calejadas pelo labor incessante nas construções de Faraó. O cheiro forte do barro misturado ao suor paira no ar, enquanto mães embalam seus filhos em silêncio, tentando ocultar a esperança de liberdade. Barulhos distantes de soldados egípcios ecoam, lembrando a todos do perigo constante.
    Moisés ergue seu cajado diante do trono de Faraó, sua voz firme cortando o silêncio pesado do salão. "Assim diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, para que me sirva." Faraó responde com altivez, o olhar frio e o sorriso desdenhoso. "Quem é esse Deus para que eu obedeça? Jamais deixarei Israel partir." O ambiente se enche de tensão, com os conselheiros egípcios trocando olhares nervosos.
    A cada recusa do Faraó, uma nova praga desaba sobre o Egito: enxames de moscas, peste nos rebanhos, feridas dolorosas nos corpos dos egípcios. Chuva de granizo destrói plantações, gafanhotos cobrem a terra, trevas espessas mergulham o país em medo. O povo egípcio grita desesperado, suas colheitas e sua fé sendo destruídas uma a uma.
    No coração da noite, uma quietude ameaçadora paira sobre as casas. Os israelitas, reunidos em família, aguardam com ansiedade, protegidos pelo sangue nas ombreiras. Gritos angustiantes surgem das casas egípcias, pois a morte alcança os primogênitos. Faraó, devastado, chama Moisés às pressas. "Leve o seu povo e vá embora do meu país!"
    Guiados por uma coluna de nuvem, homens, mulheres e crianças avançam, carregando mantimentos e lembranças apressadas. O vento começa a soprar forte, levantando cortinas de areia. Ao longe, o exército egípcio se aproxima rapidamente, lanças reluzindo sob o sol nascente. O desespero ameaça tomar conta, mas Moisés ergue o cajado diante das águas.
    Os israelitas atravessam o leito do mar, as paredes de água tremulando ao seu redor, olhos arregalados de espanto e gratidão. O exército egípcio, implacável, inicia a perseguição, seus cavalos disparando rumo ao povo de Israel. Quando os últimos israelitas alcançam a outra margem, Moisés estende o cajado novamente. As águas ruem com estrondo, engolindo Faraó e seus soldados.
    Em lágrimas e cânticos, os israelitas se abraçam, agradecendo pela salvação. O horizonte agora anuncia um novo começo, livre do jugo da escravidão. "Cantemos ao Senhor, pois triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o cavaleiro!" O milagre da Páscoa permanece marcado no coração de todos, símbolo eterno de esperança e libertação.