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    By beatriz

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    13 Sep, 2023

    Era uma vez uma menina chamada Clara, que vivia numa casa grande e antiga. Sua mãe estava sempre preocupada e raramente deixava Clara sair de casa.

    Clara passava a maior parte do tempo dentro de casa, lendo histórias e sonhando com lugares distantes e aventuras emocionantes.

    No entanto, Clara, embora amasse as histórias, queria mais. Ela queria experimentar o mundo lá fora, sentir o vento no rosto, ver o céu aberto.

    Um dia, enquanto explorava a casa, Clara encontrou uma porta velha no sótão que nunca tinha visto antes.

    Com curiosidade, ela abriu a porta e encontrou um quarto empoeirado, com uma única janela que dava para um jardim maravilhoso.

    Surpresa, Clara percebeu que o jardim estava dentro dos limites da propriedade da casa. Ela nunca tinha visto ou ouvido falar desta parte da casa.

    Intrigada, Clara começou a visitar regularmente a pequena sala com a janela, passando horas a fio a olhar para o jardim.

    Ela notou pequenos animais que brincavam e flores diversas que germinavam e floresciam, trazendo vida e cores ao ambiente.

    Cada dia passado na janela trazia uma nova descoberta para Clara, e ela ansiava pelo momento em que poderia explorar o jardim.

    Finalmente, um dia, Clara decidiu que era hora de confrontar sua mãe sobre o jardim secreto.

    Sua mãe, surpresa, admitiu que o jardim era um lugar especial que tinha sido criado pela avó de Clara e que nunca tinha sido usado desde sua morte.

    Clara implorou à mãe para poder visitar o jardim, argumentando que ele estava dentro dos limites da casa e, portanto, era seguro.

    Sua mãe hesitou, mas finalmente concordou, permitindo que Clara finalmente pudesse explorar o jardim.

    O jardim era ainda mais belo de perto. Clara podia sentir o aroma das flores, ouvir o canto dos pássaros e sentir a grama sob seus pés.

    Clara começou a passar horas no jardim, cuidando das plantas, brincando com os pequenos animais e descobrindo novas maravilhas todos os dias.

    A mãe de Clara notou as mudanças na filha. Ela parecia mais feliz, mais energizada e sua imaginação parecia ter se expandido.

    Com o tempo, a mãe de Clara começou a relaxar suas regras. Ela percebeu que, embora o mundo pudesse ser perigoso, também podia ser belo e maravilhoso.

    Clara continuou a explorar o jardim, cada vez indo mais longe e descobrindo coisas novas. Ela adorava a liberdade que o jardim oferecia.

    Ela descobriu uma pequena lagoa no canto do jardim, onde pequenos peixes coloridos nadavam alegremente. Clara deitava-se de bruços na margem da lagoa, observando os peixes com admiração.

    A medida que o tempo passava, Clara florescia tal como o jardim que tanto amava. Cada dia trazia novas descobertas, novas aventuras e novas histórias para contar.

    Clara compartilhava suas descobertas e aventuras com sua mãe, que começou a ver o mundo através dos olhos de sua filha.

    A mãe de Clara viu que, apesar de seus medos, sua filha estava segura e feliz. Ela também começou a explorar o jardim, descobrindo suas próprias maravilhas.

    Clara e sua mãe passaram a dividir seus dias entre a casa e o jardim, criando memórias juntas. A casa grande e antiga não parecia mais tão sombria e isolada.

    O jardim tornou-se o refúgio de Clara e sua mãe, um lugar de beleza, maravilha e aventuras. Era um lugar onde elas podiam ser elas mesmas, livres de medos e restrições.

    Clara aprendera uma grande lição: por mais que haja medo e perigo, há também beleza e maravilha. Ela aprendeu a amar a casa e o jardim que tinha ao redor.

    Clara e sua mãe continuaram a explorar o jardim e a casa, descobrindo novas coisas todos os dias. E, embora Clara não pudesse sair de casa, ela descobriu um mundo inteiro bem ali.

    O jardim tornou-se um símbolo da liberdade de Clara, um lugar onde ela podia explorar, sonhar e ser ela mesma. E, no final das contas, isso era tudo que Clara precisava.

    O amor de Clara pelo jardim não diminiuía com o passar do tempo. Pelo contrário, só aumentava. E mesmo quando ela ficou mais velha, o jardim continuou sendo seu lugar especial.

    Clara e sua mãe tornaram-se inseparáveis, unidas pelo amor que sentiam uma pela outra e pelo amor que compartilhavam pelo jardim. E, embora a casa fosse grande e antiga, para elas, era o lugar mais lindo do mundo.

    Mesmo quando Clara cresceu e teve permissão para explorar o mundo além do jardim, ela nunca esqueceu o lugar que tinha despertado sua imaginação e amor pela vida. O jardim sempre foi e sempre será sua casa.